sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Lobo e os Sete Cabritinhos


Era uma vez uma cabra, que tinha sete cabritinhos novos e gostava muito deles como qualquer mãe. Um dia ela quis ir para a floresta buscar comida e então, chamou os sete e disse:
- Filhos queridos, eu preciso sair para a floresta, tomem cuidado com o lobo. Se ele entrar aqui, come todos vocês, com pele e osso.
O malvado se disfarça muitas vezes, mas vocês poderão reconhecê-lo pela sua voz grossa e pés negros.
Os cabritinhos disseram:
- Querida mamãe, nós vamos ter muito cuidado. Pode sair sem receio.
A mãe então despediu-se deles e foi para a floresta sossegada.
Não demorou muito e alguém bateu à porta da casa e gritou:
- Abram, filhos queridos, sua mãe está aqui e trouxe uma coisa para cada um de vocês!
Mas os cabritinhos perceberam pela voz grossa que era o lobo.
- Não vamos abrir! – gritaram eles. Você não é nossa mãe, ela tem voz fina e delicada. Você é o lobo.
Então o lobo foi a venda e comprou um enorme pedaço de giz, e comeu. Com isso sua voz ficou mais fina. Ele voltou , bateu novamente na porta e gritou:
- Abram , filhos queridos, sua mãe está aqui.
Mas ele esqueceu e pusera sua pata preta na beira da janela. Os pequenos viram e gritaram:
- Não vamos abrir, nossa mãe não tem um pé preto feito o seu, você é o lobo.
Então o lobo correu até um padeiro e disse:
- Eu machuquei o pé , passe massa de pão nele.
E quando o padeiro lhe untou a pata com a massa ele correu para o moleiro e disse:
- Salpique a minha pata de farinha branca.
O moleiro pensou: “Ele quer devorar alguém” e se recusou a passar a farinha.
- O lobo disse que se ele não fizesse o que pedira ele o devoraria.
O moleiro ficou com medo e branqueou-lhe as patas.
O malvado voltou na casa dos cabritinhos pela terceira vez e bateu na porta, dizendo:
- Abram para mim, sua querida mãezinha voltou e trouxe da floresta coisas boas para vocês.
Os cabritinhos gritaram:
- Mostre primeiro a sua pata, para ver se é nossa mãezinha.
Ele pôs a pata na janela , e quando eles viram que era branca, pensaram que era a sua mãe e abriram a porta. Mas quem entrou foi o lobo!
Os cabritinhos se assustaram e tentaram se esconder. Um pulou para baixo da mesa, o outro para baixo da cama, o outro foi para o forno, o outro na cozinha , o quinto no armário. O sexto na bacia e o sétimo menorzinho na caixa do relógio da parede.
Mas o lobo desobriu todos e não fez cerimônia , engoliu um atrás do outro com sua bocarra. Só o mais novinho que estava na caixa do relógio ele não conseguiu encontrar. Quando a fome do lobo foi saciada ele arrastou-se para fora da casa e deitou-se no campo verde debaixo de uma árvore e começou a dormir.
Pouco depois a cabra voltou da floresta e não acreditou no que seus olhos estavam vendo. A porta da casa escancarada, mesas, cadeiras e bancos derrubados, tudo em completa desarrumação.
Ela procurou pelos filhos, mas não os achou em lugar algum. Chamou uma a um pelo nome, mas ninguém respondia.
Finalmente , quando ela chamou o nome do mais novinho, uma vozinha fina respondeu:
- Mamãe querida , estou na caixa do relógio! Ela tirou-o de lá e ele contou o que o lobo fizera, devorando seus irmãos.
Na sua aflição a mãe saiu correndo de casa e o cabritinho menor correu atrás. Quando ela chegou ao campo lá estava o lobo, roncando bem alto deitado debaixo da árvore. Ela viu que sua barriga se mexia e esperneava. Ela pensou, ai meu Deus , será que meus filhos ainda estão vivos?
O cabritinho voltou correndo em casa e pegou uma tesoura. Ela nem bem fez o primeiro corte no monstro e o primeiro cabritinho já pôs a cabeça para fora, e ela foi cortando e eles foram pulando. A fera tinha os engolido inteiros sem mastigar e eles estavam sem um arranhão.
Foi uma grande alegria! Eles abraçaram a mãe e pulavam e saltitavam.
Mas a mãe disse:
- Vão agora e achem pedras grandes e com elas vamos encher a barriga deste lobo. Ela depois costurou a barriga do lobo que ainda dormia.
Quando o lobo acordou, pôs-se de pé e quis ir beber água, mas quando ele se moveu as pedras na sua barriga começaram a fazer barulho. Ele gritou:
“Na minha pança, o que faz barulho?
Pensei que eram cabritos seis,
Mas o que eu percebo ao invés
É um rebolar de pedregulhos!”
Quando ele chegou ao poço para beber água e se debruçou, as pesadas pedras o arrataram para o fundo do poço e ele morreu afogado.
Quando os sete cabritinhos viram isso, vieram correndo e gritaram bem alto:
- O lobo está morto! O lobo está morto!
Puseram-se todos a dançar em volta do poço para comemorar!!!

Um comentário:

Alvaro Oliveira disse...

Olá Marisa

Linda historia amiga.
Adorei. Como adoro seu jeito de as
contar

Um bom fim de semana

Um beijo

Alvaro