quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

FÁBULAS

São narrativas nas quais seres irracionais e, algumas vezes, inanimados, são mostrados, com a finalidade de tentar dar instrução Moral aos ouvintes da época. Eram passadas oralmente. Simulam um agir e falar com interesses, inveja, desprezo, dissimulação,etc.
A Fábula sempre afirma, explicitamente, uma verdade moral, não havendo significado oculto como nos Contos de Fadas, pouco sendo deixado à imaginação do ouvinte.
A Fábula é de estrutura bastante simplificada, mas é também, necessária às crianças, principalmente, para as que têm dificuldade de abstração, de memorizar, pois elas contêm códigos verbais de interesse imediato com suas lições de moral.
Elas são quase sempre sobre animais que falam, o que é natural, tendo em vista a época em que surgem, pois o homem vivia muito perto dos animais.
O maior Fabulista que se conhece é, sem dúvida nenhuma, ESOPO. As suas primeiras fábulas escritas que se têm notícia, datam do século III d.C . Suas fábulas costumam ser curtas e bem humoradas, transmitindo, em linguagem simples, mensagens sobre o cotidiano, com conselhos sobre lealdade, generosidade, e virtudes.
Suas personagens de sucesso são: A Raposa dissimulada; o Lobo errante; e o Leão orgulhoso, entre outros.
Após Esopo, o fabulista mais conhecido é, sem dúvida, La Fontaine, cujas Fábulas foram escritas em verso e prosa e nem sempre têm uma moral absoluta no final. Por ser da burguesia, contava suas fábulas na Corte, por isso, elas apresentam mensagens muito mais elaboradas em relação ao homem e seu comportamento, não deixando porém, de escrever sobre animais. Algumas fábulas atribuídas a ele devem ter sido, certamente compiladas de Esopo, mas isso não desmerece sua obra.
Uma das fábulas mais conhecidas “A Raposa e as Uvas” encontra-se escrita pelos dois.
A Raposa e as Uvas

Uma raposa estava com muita fome.
Foi quando viu uma parreira cheia de lindos cachos de uva.
Imediatamente começou a dar pulos, para ver se pegava as uvas. Mas era muito alta a parreira e, por mais que pulasse, a raposa não alcançava as uvas.
- Estão verdes – disse, com ar de desprezo.
E já ia seguindo o seu caminho quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava ter certza de que ninguém percebera que queria as uvas.
Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, finjem que não o desejam.


Nota: Alguns moralistas, como Rousseau e Lessing, condenaram a moral das Fábulas, pois as crianças vêem o lobo devorar o cordeiro, a raposa rir do corvo, o asno ser sacrificado diante do leão, mas La Fontaine dizia que visava reconciliar o homem consigo mesmo, ainda que ao preço de algumas ilusões.

2 comentários:

Cris Michelon disse...

oi Marisa, o texto é meu, éo que penso sobre mulhures bem resolvidas.
adoro fabulas, estarei sempre aqui
bjinhus

Anônimo disse...

necessario verificar:)