quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os Três Mosqueteiros


D’Artagnan e os Três Mosqueteiros
Vocês conhecem a real história de D’Artagnan e os Três Mosqueteiros??
É bem diferente do que vocês imaginam, mas é muito interessante, vale a pena conhecer.

.............
Era uma vez um herói chamado Charles Batz de Castelmore, nascido em 1611 e que faleceu em 1673 em combate e depois de toda uma vida servindo o Rei da França. Ele era um Mosqueteiro! Possuia uma fama invejável como um espadachim imbatível, e teve uma carreira militar cheia de honrarias, mas a sua herança mais importante e que rendeu mais frutos foi o seu livro de memórias publicado em 1700 por um escritor desconhecido.

Esse livro posteriormente originou um dos personagens mais conhecidos de todos os tempos, o sobrenome Batz de Castelmore foi ignorado, mas o seu nome Charles foi alçado a gloria por outro escritor, este sim um dos mais populares da história da literatura e assim Charles Batz de Castelmore se transformou no Conde D’Artagnan.

No romance “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, “D’Artagnan”, um nobre empobrecido, chega a Paris, montado num cavalo amarelo, em busca de aventuras e fortuna. Lá, conhece Aramis, Porthos e Athos, mosqueteiros do rei Luís XIII, que o admitem no grupo. Os quatro envolvem-se na luta cotidiana contra os homens do cardeal Richelieu – o poderoso primeiro-ministro da França. O país vivia um clima de guerra civil e D’Artagnan se mete nas intrigas palacianas, luta pela honra da rainha, vence e cobre-se de glórias.

A história criada por Dumas em 1843 (200 anos depois dos fatos relatados), eram para parecer verdadeiras, mas não para serem tomadas como uma narrativa fiel de fatos históricos, seu maior propósito era divertir. Talvez por isso algumas pessoas se surpreendam com a verdade, que realmente D’Artagnan existiu, não como um herói romântico, mas sim como um guerreiro leal, corajoso, destemido e dedicado ao trono francês.

O primeiro livro apesar de fiel às memórias de D’Artagnan, foi adaptada para se transformar em um romance único. O seu autor, Gatien de Courtilz de Sandraz, pode até tê-lo conhecido realmente, mas certamente não colheu o depoimento do mosqueteiro , já que o livro de memórias foi publicado em 1700, 27 anos depois da morte do suposto protagonista.

O que se sabe sobre o verdadeiro D’Artagnan, é que ele fazia parte da Companhia dos Mosqueteiros do Rei, e foi um dos seus Mosqueteiros mais famosos e destemido. Essa equipe de heróis conhecidos como “Mosqueteiros”, eram a guarda de elite criada para proteger o rei Luís XIII, em 1622. Era um pequeno exército formado por cerca de 200 homens armados com o que havia de mais moderno na época.
Para ser aceito nesse grupo fechadissimo, além de ser um excelente soldado, capaz de combater a pé, a cavalo ou na infantaria, o sujeito precisava jurar fidelidade ao rei e estar disposto a morrer em seu nome.

Os mosqueteiros eram uma das peças mais importantes do jogo de interesses da corte francesa naquela época. Eles eram recrutados entre os mais corajosos cavaleiros da pequena nobreza do país, formavam uma milícia particular do monarca, tornando-se um símbolo importante do seu poder absoluto.

No romance de Dumas há uma enorme rivalidade entre os homens do cardeal e os Mosqueteiros, mas na realidade (apesar de realmente existir os ciúmes já que os Mosqueteiros eram a elite guerreira e preferidos do Rei), essas duas companhias tinham o mesmo propósito: proteger o Rei e muitas vezes agiram e lutaram lado a lado a fim de defende-lo.

Outro fato que não se discute na história real é que o verdadeiro D’Artagnan Charles Batz, de fato, se tornou homem de confiança do rei: em 1658, comandou o cerco aos revoltosos de Dunquerque, no norte da França. Em 1659, liderou a tropa que protegeu o comboio real durante o casamento de Luís XIV com a infanta da Espanha, Maria Teresa. Em 1661, com a morte do cardeal Mazarin (que, de certa forma, foi o Richelieu de Luís XIV), ficou ainda mais próximo do trono, até assumir, em 1667, o posto de capitão-tenente. Até a guerra contra a Holanda, em 1673, quando D’Artagnan caiu em combate, à frente de suas tropas, durante o cerco a Maastricht.

Mas o mais surpreendente sobre a história do real D’Artagnan é que Charles de Batz não teria sido o único a inspirar Alexandre Dumas. “Ele misturou a vida de Charles Batz com a de outro D’Artagnan, Pierre de Montesquiou, que viveu entre 1645 e 1725, foi marechal do Exército francês e primo de Charles”, diz Dufresne. O segundo D’Artagnan também foi mosqueteiro e tomou parte nas mais importantes batalhas de seu tempo. Um dado curioso é que suas tropas, em Arras, passaram a utilizar fuzis, e não mosquetes, num regimento que passou a ser chamado de D’Artagnan, em homenagem a ele.

Na história da França, os mosqueteiros foram extintos por Luís XVI em 1775, por razões financeiras. Uma péssima jogada. Pouco mais de 15 anos depois, durante a revolução de 1789, uma turba de franceses furiosos levaria a família real para a guilhotina. As tropas de elite que protegiam os reis da França fizeram falta, o que custou as cabeças coroadas de Luís XVI e sua mulher, Maria Antonieta.

...E essa é a história por trás da história dos 03 Mosqueteiros, espero que tenham gostado.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário

Nenhum comentário: